Em 14 de junho se celebra o Dia Mundial do Doador de Sangue, data estabelecida para se homenagear os doadores de sangue, além de conscientizar a população sobre a importância da doação, incentivando-a a promover este ato de solidariedade.
De acordo com o Ministério da Saúde, além de solidariedade, a doação de sangue é um ato de cidadania, pela importância na promoção da saúde pública. 100% voluntária, é um ato que beneficia qualquer pessoa.
O sangue é essencial para os atendimentos de sangramentos agudos em casos de urgências e emergências, a realização de cirurgias de grande porte eo tratamentos de doenças crônicas que frequentemente demandam transfusões sanguíneas; além da produção de medicamentos essenciais derivados do plasma.
Assim como em todas as áreas da saúde, os procedimentos e tratamentos que envolvem sangue devem ser realizados de maneira adequada por trabalhadores capacitados. Caso um exame seja realizado de forma inadequada, o resultado pode ser extremamente grave para inúmeros pacientes.
Um exemplo disso ocorreu em outubro de 2024, no município de Nova Iguaçu (RJ), quando seis pessoas que estavam na fila do transplante da Secretaria Estadual de Saúde (SES-RJ) receberam órgãos infectados pelo HIV de dois doadores.
O erro de um laboratório privado contratado pela SES-RJ para fazer a sorologia de órgãos doados levou a Anvisa a investigar e descobrir que o local não tinha kits para realização dos exames de sangue nem apresentou documentos comprovando a compra dos itens.
Este caso evidencia a importância de o Sistema Único de Saúde contar com profissionais comprometidos com a saúde pública. Os trabalhadores técnicos em saúde têm participação decisiva nos tratamentos sanguíneos, como o Auxiliar de Banco de Sangue.
Estes trabalhadores coletam material biológico, orientando e verificando preparo do paciente para o exame; auxiliam os técnicos no preparo de vacinas; aviam fórmulas, sob orientação e supervisão; preparam meios de cultura, estabilizantes e hemoderivados; organizam o trabalho; recuperam material de trabalho, lavando, secando, separando e embalando.
Atuam em hospitais, laboratórios, farmácias, indústrias farmacêuticas, bancos de sangue e centros hematológicos; trabalham em equipe sob supervisão constante de técnicos titulares especializados, em conformidade a normas e procedimentos técnicos e de biossegurança.
Apesar de exercer atividade fundamental na área da saúde, esta categoria se encontra em situação precarizada de trabalho. Nesta data, o Observatório dos Técnicos em Saúde (OTS) reafirma seu compromisso com a valorização destes trabalhadores.
Texto: Nayara Oliveira*. Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil
Estagiária, sob supervisão de Paulo Schueler.
