Em 25 de maio se comemora o Dia do Massagista e do Massoterapeuta. A data tem como objetivo reconhecer e valorizar a importância da profissão e dos profissionais, além de promover a conscientização sobre os benefícios da massagem para a saúde física e mental.
Por definição da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), o Massoterapeuta aplica procedimentos terapêuticos manipulativos, energéticos e vibracionais para tratamentos, tratam patologias e deformidades podais através do uso de materiais instrumentais, medicamentos de uso tópico e órteses.
Para tanto, avaliam disfunções fisiológicas, sistêmicas, energéticas e vibracionais através de métodos das medicinas oriental e convencional. Recomendam a seus pacientes/clientes a prática de exercícios, o uso de essências florais e fitoterápicos com o objetivo de reconduzir ao equilíbrio energético, fisiológico e psico-orgânico.
O exercício dessa ocupação requer curso técnico de nível médio. Eles atuam na área da saúde e serviços sociais, a grande maioria é de autônomos, trabalhando por conta própria e de forma individual.
Já a formação profissional para massagista é realizada a partir de cursos livres, nos quais estudantes aprendem as técnicas necessárias para aplicá-las em quem busca por benefícios de estética ou de relaxamento, por exemplo. Diferente do massoterapeuta, o massagista não executa tratamentos complementares à massagem, e a formação técnica não é necessária para a atuação.
Na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV Fiocruz), estação de trabalho do Observatório dos Técnicos em Saúde (OTS), foi realizada a pesquisa “Pensando dispositivos de Gestão do Trabalho: intensificando o cuidado e refletindo sobre o trabalho”, coordenada por Márcia Lopes, que contou com a estratégia da massoterapia, projeto que já havia sido realizado na escola após a pandemia.
O projeto, em resumo, era a prática de massagens e escuta em alguns trabalhadores da escola como, por exemplo, jardineiros, e profissionais da limpeza. A massoterapeuta Jaiana Rodrigues trabalhava com a massoterapia nestes funcionários, e durante o processo também havia o momento de escuta, em que eles conversavam com ela.
A pesquisa tem alguns objetivos, entre eles: ampliar e acompanhar os espaços de cuidado e escuta dos trabalhadores da limpeza, refletir sobre os possíveis efeitos da implementação destes espaços no trabalho e na vida das trabalhadoras participante.
Para tanto se pretende levantar e sistematizar a bibliografia produzida sobre gestão do trabalho e saúde do trabalhador, especialmente no que se refere ao trabalho de limpeza; ampliar a oferta e o tempo da massoterapia para os trabalhadores da limpeza da EPSJV, com registro em diário de campo das percepções da massoterapeuta sobre o efeito desta oferta.
Jaiana relatou que o projeto trouxe a valorização individual para esses profissionais, que diziam se sentir desprezados. “Quando eles se veem em um lugar de importância, onde tem um espaço de cuidado somente para eles, se sentiram vistos, cuidados e valorizados”, contou.
Os massagistas e massoterapeutas são profissionais essenciais para a saúde, tanto física, quanto mental, mas não são valorizados. Os trabalhadores técnicos em massoterapia, por exemplo, se encontram em uma situação de subordinação e precarização em relação ao trabalho e à educação.
Apesar disso, estão sempre em busca de melhores condições de trabalho, de seus direitos, e na luta pela profissionalização. O OTS parabeniza a estes trabalhadores pelo dia de hoje.
Texto: Nayara Oliveira*. Imagem: Wilson Dias / Agência Brasil.
Estagiária, sob supervisão de Paulo Schueler.
