Técnicos em saúde e o direito de jovens e adolescentes

Em 22 de setembro se celebra o Dia Nacional da Saúde de Adolescentes e Jovens, data que busca criar um espaço para o diálogo, divulgar os serviços de saúde disponíveis e garantir o acesso universal e especializado a cuidados para esse grupo, garantindo que sejam considerados sujeitos de direitos. 

De acordo com o Ministério da Saúde, adolescentes e jovens precisam ser tratados com prioridade nas políticas de saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS), alinhado ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), deve garantir o direito à vida e à saúde de crianças e adolescentes. Isso significa que devem receber atenção integral à saúde, que pressupõe o acesso universal e igualitário aos serviços em todos os âmbitos de atenção, de forma integral e integrada. 

Um dos princípios norteadores das ações voltadas à saúde dos adolescentes e jovens na comunidade é que eles precisam ser entendidos como sujeitos e protagonistas de sua individualidade. Nesse sentido, destacam-se como objetivos no cuidado integral deles: promover atenção integral à saúde; reduzir a morbimortalidade desse segmento populacional; evitar situações de violação de direitos humanos, prevenir violências e promover atenção psicossocial.   

A adolescência faz parte do processo contínuo de crescimento humano e é marcada por um processo complexo de mudanças físicas, emocionais e sociais. Tanto na infância quanto na adolescência, as taxas de crescimento podem variar sem ser necessariamente um sinal de problemas de saúde. Por isso, é fundamental que profissionais de saúde acompanhem essa fase, considerando influências do ambiente e das características individuais. Esses fatores podem modificar, interromper ou reverter os fenômenos que caracterizam a puberdade.   

A importância dos profissionais técnicos na saúde de jovens e adolescentes 

Os profissionais técnicos em saúde são parte fundamental deste cuidado, desde o nascimento – da realização do teste do pezinho, passando pelas ações de vacinação, intensa nos primeiros 12 meses de vida, e pelo acompanhamento de seu desenvolvimento na Estratégia Saúde da Família, através das visitas dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS).  

Como definido por este Observatório dos Técnicos em Saúde (OTS), os ACS são responsáveis por orientar e acompanhar indivíduos e famílias nos territórios de abrangência da unidade básica de saúde. Têm como referência para o seu trabalho a determinação social do processo saúde-doença e realizam atividades educativas, visando a prevenção e a promoção da saúde.   

Acompanham e orientam, por meio de visita domiciliar, as pessoas em situação de vulnerabilidade social e portadoras de doenças crônicas e agravos, estimulando o autocuidado e a prevenção da exposição a fatores de riscos, realizando procedimentos específicos nos casos indicados pela equipe ou encaminhando quando necessário para a unidade de saúde de referência.    

Fazem o mapeamento de suas áreas de atuação e cadastram os moradores, levantando dados sociais, demográficos e de saúde, importantes para a produção e revisão dos planos de ações voltados para os territórios.     

Além dos ACS, outros profissionais trabalham nestes atendimentos. Técnicos em Enfermagem, por exemplo, fazem o acolhimento e a triagem; técnicos em Saúde Bucal promovem prevenção e tratamento de doenças e restabelecimento da saúde oral, dentre outros.  

A parceria entre família, sociedade e Estado é fundamental para que os direitos desta população sejam cumpridos, assegurando um futuro melhor. 

 

Texto: Nayara Oliveira*. Imagem: Tânia Rêgo / Agência Brasil.

*Estagiária, sob supervisão de Paulo Schueler.