O DIA EM QUE UM PRESIDENTE DA REPÚBLICA REVERENCIOU AS(OS) TRABALHADORAS(ES) TÉCNICAS(OS) EM SAÚDE

O lançamento deste novo site do Observatório dos Técnicos em Saúde (OTS) não poderia prescindir de ofertar às(aos) internautas o vídeo do discurso do presidente Lula na abertura da 17ª. Conferência Nacional de Saúde (CNS), em julho deste ano de 2023 (clique e assista, abaixo).  

O pronunciamento teve um forte simbolismo e repercute até hoje por ter expressado uma verdadeira reverência às(aos) trabalhadoras(es) técnicas(os) em saúde. Foi recebido com ovação pelas delegadas e delegados do evento, tanto pelo contexto histórico de desvalorização dessas(es) profissionais, quanto por ter sido proferido pelo ocupante do mais alto cargo do país. Ocorreu no trecho do discurso no qual Lula fez o anúncio e a defesa do pagamento retroativo do piso nacional da enfermagem, incluindo o 13º. 

Com emoção e ironia, ao seu estilo, o presidente afirmou: “Tem gente que acha que o salário de uma enfermeira – de 4 mil e pouco – é caro. Mas as pessoas se esquecem que quando a gente vai pro hospital o médico faz a consulta, o médico dá o remédio, o médico faz a cirurgia, mas quem cuida da gente o resto do dia é exatamente o pessoal da enfermagem,” exclamou. 

O presidente prosseguiu estendendo a reverência às demais profissões técnicas em saúde: “Esse trabalho não pode ser considerado menor. O do motorista não pode ser considerado menor. O da assistente não pode ser considerado menor. É preciso que a gente avalie, efetivamente, o valor do trabalho por aquilo que ele representa na nossa vida”, conclamou. 

Lula fez questão de expor minuciosamente – em tom enérgico – o valor da atuação das(os) trabalhadoras(es) técnicas(os) em saúde: “Quem leva as pessoas pra tomar banho, quem vai limpar as pessoas, quem dá de comida, quem aplica a injeção, quem mede a pressão, quem leva ao banheiro, é exatamente o pessoal de baixo que trabalha e por isso que esse pessoal tem de ser valorizado,” justificou, sob forte ovação das centenas de delegadas(os) presentes à 17ª CNS.  

Segundo o presidente, uma sociedade não é medida pela quantidade de pessoas, de fábricas, ou de laboratórios. “Uma sociedade é medida pela qualidade de vida que ela tem e pelo respeito que ela recebe,” finalizou.