
Em 13 de outubro se celebra o Dia do Técnico em Necropsia, data que homenageia os profissionais que que trabalham com exames necroscópicos, conservação e tanatopraxia.
De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), o Técnico em Necropsia e Taxidermista executa atividades de taxidermia, arte de preservar animais vertebrados mortos, criando peça com formato fiel ao espécime original, para colocá-la em exposição, atividade educacional e catalogação de espécies.
Faz moldes do rosto e da estrutura corporal do animal morto; preenche o molde com material sintético, para elaborar manequim; reveste o manequim com a pele - retirada do animal morto - que passou por processo de curtimento; cria o diorama, reconstituição artificial do habitat da espécie taxidermizada, para apresentar o espécime de forma realista.
Gerencia atividades comerciais e mantém acervo científico; orienta pessoas sobre taxidermia; pode supervisionar equipe de trabalho; cumpre legislação, procedimentos de biossegurança e bioética, normas técnicas, normas de qualidade e normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho e de preservação ambiental.
A atuação no Sistema Único de Saúde (SUS)
Este profissional tem um papel importante dentro do SUS, especialmente nas áreas de vigilância em saúde, medicina legal, ensino e pesquisa. Embora o trabalho esteja geralmente associado ao Instituto Médico-Legal (IML) e aos serviços de verificação de óbitos (SVO), ele também contribui para a estrutura do SUS ao fornecer informações essenciais para a saúde pública.
No SVO lida com mortes de causa natural sem suspeita de crime. Atua principalmente em hospitais e unidades de saúde geridas por prefeituras ou secretarias estaduais de saúde. Por meio deste trabalho contribui diretamente para a produção de dados epidemiológicos, fundamentais para orientar políticas públicas e ações de prevenção em saúde.
Este profissional também exerce um papel ético e social, já que ajuda famílias a obter esclarecimentos sobre a causa do óbito e colabora com a justiça em casos de mortes suspeitas. Sua presença garante que o processo técnico e científico ocorra de forma segura, padronizada e humanizada.
Texto: Nayara Oliveira*. Imagem: Tânia Rêgo / Agência Brasil.
*Estagiária, sob supervisão de Paulo Schueler.