Em 15 de setembro se celebra o Dia do Técnico em Veterinária, data que enaltece estes profissionais que desempenham diversas funções no âmbito da ciência veterinária.
Como descrito pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), este técnico auxilia o médico veterinário, preparando animais, ambiente, instrumentos e materiais para consultas e cirurgias, prestando cuidados pós-operatórios de rotina, administrando medicamentos por via oral ou tópica, fornecendo alimentação e realizando outros atendimentos aos animais, sob supervisão.
Pode realizar tarefas administrativas, como preenchimento de cadastro, organização de documentação e apoio no controle de estoque de medicamentos e de materiais hospitalares e clínicos; e atuar em conformidade com legislação, normas técnicas, procedimentos de biossegurança e normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho e de preservação ambiental.
Apesar de serem parte fundamental no cuidado aos animais, estes profissionais não recebem o devido reconhecimento. Além disso, enfrentam condições de trabalho precarizadas, lutam pela profissionalização da categoria e demais direitos trabalhistas.
Trabalho veterinário no Sistema Único de Saúde (SUS)
A atuação do médico-veterinário é essencial para a saúde pública e vai além do cuidado direto com os animais. No SUS, por exemplo, seus conhecimentos técnicos auxiliam na prevenção de zoonoses, na investigação e vigilância epidemiológica, na investigação de surtos e epidemias - atuações que promovem a saúde humana, animal e ambiental.
Os trabalhos do médico-veterinário e do técnico em veterinária se complementam. Tal como em uma campanha de vacinação antirrábica, o veterinário organiza, supervisiona e avalia os procedimentos, enquanto o auxiliar aplica vacinas (quando autorizado pela legislação local), organiza filas, orienta a população e garante a contenção segura dos animais.
Já ó médico planeja, supervisiona e decide, e o auxiliar operacionaliza e dá suporte direto, garantindo que as ações de vigilância, prevenção e cuidado cheguem de forma mais eficiente à população.
Texto: Nayara Oliveira*. Imagem: Ravena Rosa / Agência Brasil.
*Estagiária, sob supervisão de Paulo Schueler.
