
Em 2020, ano em que se iniciou a pandemia da Covid-19, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Internacional da Preparação Epidemiológica, a ser celebrado em 27 de dezembro.
O objetivo da data - que coincide com o nascimento do biólogo francês Louis de Pasteur, pioneiro das imunizações - é chamar a atenção para os efeitos arrasadores que grandes doenças infecciosas têm sobre a vida e a rotina das pessoas. A ONU também quis chamar a atenção para a necessidade urgente de os países disporem de sistemas de saúde fortes e robustos, para a cobertura das necessidades sanitárias de suas populações, notadamente os mais carentes.
No Brasil, um grupo de trabalho reunido pelo Ministério da Saúde em fevereiro de 2025 debateu medidas para fortalecer a resposta nacional a potenciais pandemias, a fim de elaborar um Plano de Prevenção, Preparação e Resposta às Pandemias, que visa fortalecer a capacidade do país de lidar com futuras emergências sanitárias. Em âmbito global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou em assembleia realizada em maio de 2025 um Acordo sobre Pandemias.
Trabalhadores técnicos na linha de frente
A ONU reconhece todos os trabalhadores da saúde como essenciais, e que se mantiveram na linha de frente contra a pandemia, e também são profissionais indispensáveis na elaboração dos planos de Preparação Epidemiológica.
Especialmente os trabalhadores técnicos em saúde, que atuam diretamente na base do sistema de saúde, onde os riscos surgem e podem ser controlados precocemente. Eles são responsáveis por atividades essenciais que permitem identificar, monitorar e responder a agravos à saúde da população.
Eles participam da vigilância epidemiológica, realizando coleta de dados, notificações de doenças, busca ativa de casos e acompanhamento de surtos. Esse trabalho garante informações confiáveis e em tempo hábil, fundamentais para o planejamento de ações, tomada de decisões e formulação de políticas públicas de prevenção e controle.
Além disso, os técnicos em saúde contribuem para a prevenção e educação em saúde, orientando a população sobre medidas de proteção, vacinação, higiene e controle de vetores. Na preparação para emergências sanitárias, como epidemias e pandemias.
Sua atuação fortalece a resposta do SUS, amplia a capacidade de detecção precoce e reduz impactos sociais e sanitários, promovendo uma atenção à saúde mais eficaz e equitativa.
Texto: Nayara Oliveira*. Imagem: Fernando Frazão / Agência Brasil.
*Estagiária, sob supervisão de Paulo Schueler.