
A relação entre meio ambiente e saúde pública é intensa, da qual emergem áreas de conhecimento como a saúde ambiental. Com o aprofundamento da crise climática, esta relação tem se aprofundado e gerado pesquisas e recomendações sanitárias para a população, como demonstram os exemplos do Observatório de Clima e Saúde, da Fiocruz; e as recomendações para o consumo de água nos dias de calor extremo que assolaram o Brasil nas últimas semanas.
No Rio de Janeiro, por exemplo, apenas nesta semana, já foram registrados dois casos de incêndio em vegetações, ocasião que se agrava e se torna comum com o clima seco que tem feito.
Hoje, dia 13 de março, é celebrado o dia do Técnico em Meio Ambiente, profissional apto a promover a busca e sistematização de dados e informações que subsidiem a elaboração de estudos socioambientais, que contribuirão na elaboração de políticas ambientais, além do planejamento, execução e monitoramento de programas de gerenciamento ambiental em indústrias, programas de conservação ambiental, estações de tratamento de água e efluentes, centros de pesquisa, laboratórios de controle de qualidade e órgãos de fiscalização.
Apesar de ser pouco conhecida no Brasil, especialmente por ter baixa oferta em instituições públicas - pauta que foi objeto de estudo do Observatório dos Técnicos em Saúde - esta profissão é essencial em escalas globais, principalmente no cenário atual, de aprofundamento da crise climática.
Como descreve a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) da Fundação Oswaldo Cruz, a formação do Técnico em Meio Ambiente precisa “refletir sobre o processo de formação do Técnico em Meio Ambiente, a fim de sistematizar e aprimorar estratégias pedagógicas deste curso, assim como levantar elementos que colaborem para implementação da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta”.
Garantir este princípio ético-político em sua formação, portanto, pode colaborar para o enfrentamento do racismo ambiental diante daquelas populações que mais sofrem as consequências de eventos climáticos extremos.
Que a data de hoje sirva como um motor de reconhecimento e valorização para esses profissionais, que são essenciais para manter a saúde pública de toda a população, incluindo as futuras gerações.
Texto: Nayara Oliveira*. Imagem: Fernando Frazão / Agência Brasil
*Estagiária, sob supervisão de Paulo Schueler