Neste Dia Mundial de Combate à LER/DORT, fique alerta sobre as lesões laborais

A recorrência de lesões e dores causadas pelo esforço laboral tornaram-se um problema de saúde pública mundial em 2000, e a doença ficou conhecida como Lesões por Esforço Repetitivo (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). 

Este grupo de doenças podem causar, por exemplo, dores em peso ou fisgada, formigamento, dormência, choque, fraqueza muscular e sensação de fadiga. A dor de coluna representa a maioria dos casos. 

De acordo com um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde (2019), 67.799 brasileiros tiveram esta síndrome, no período entre 2007 e 2016. O mesmo estudo revelou que LER e DORT são as doenças que mais acometem aos trabalhadores, além de serem uma das principais causas de afastamento. 

Diante desse cenário, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), criou o Dia Mundial de Combate à LER/DORT, comemorado em 28 de fevereiro, com o intuito de alertar a população e chamar a atenção das autoridades sobre a gravidade desse problema, e adotar prevenções e tratamentos contra estas doenças.  

Os profissionais técnicos em saúde, muitas das vezes têm uma rotina de trabalho exaustiva, com carga horária excessiva, longas horas em pé, entre outras questões que fazem com que eles sejam afetados habitualmente pelas lesões relacionadas ao trabalho. 

Nádia Adilião, técnica de enfermagem na Coordenação de Emergência Regional Professor Nova Monteiro (CER Leblon), é um exemplo. Ela tem uma lesão no ombro direito, que era uma bursite, inicialmente. Mas com o esforço laboral, tornou-se uma lesão de nove milímetros, que agora é caso cirúrgico. "Eu sinto muita dor e dormência. As vezes tenho que dormir sentada”, revelou em conversa com o Observatório dos Técnicos em Saúde

A preocupação e o cuidado com a condição física e mental dos profissionais técnicos em saúde é essencial, e deve ser vista como uma prioridade. Que o dia 28 de fevereiro sirva, de fato, como um alerta para as autoridades. 

 

Texto: Nayara Oliveira*. Imagem: Amanda Perobelli / Agência Brasil

* Estagiária, sob supervisão de Paulo Schueler