- Concepções e Práticas na Formação dos Trabalhadores da Saúde
- Políticas Públicas, Planejamento e Gestão da Saúde e da Educação
Esta linha de pesquisa vincula-se à área institucional de pesquisa da Fiocruz 'Educação e Saúde'. Baseia-se na tentativa de superar modelos de formação de trabalhadores em saúde restritos aos treinamentos em serviços, o que impele ao desenvolvimento de estratégias pedagógicas que facilitem a apropriação e transmissão do conhecimento e possibilitem questionar as condições de trabalho.
A crítica ao modelo de treinamento como instrumento subordinado ao fazer pragmático e imediato, por um lado, e ao ensino transmissivo do conteúdo descolado da realidade dos serviços, por outro, é a base para a construção de novas perspectivas pedagógicas adotadas na educação dos trabalhadores em saúde a partir da década de 1980. Portanto, nesta linha de pesquisa estudam-se, na perspectiva histórica, as concepções teórico-metodológicas que embasam projetos e práticas político-pedagógicas de educação de trabalhadores em saúde, bem como a práxis desses projetos e práticas. Nesse sentido, busca compreender as razões e as concepções que orientam a apropriação, pela área da saúde, de teorias e conceitos da área da educação.
Esta linha de pesquisa vincula-se às áreas institucionais de pesquisa da Fiocruz 'Políticas Públicas, Planejamento e Gestão em Saúde' e 'Educação e Saúde'. Procura abarcar a gênese e transformação das práticas de educação e de saúde no Brasil, com ênfase na gestão e no planejamento, relacinando-as ao trabalho e a educação. Objetiva compreender a configuração do Estado capitalista e suas funções em diferentes fases históricas, considerando a relação entre economia, política e cultura. Busca compreender o desenvolvimento histórico dessas políticas sociais, tendo como enfoque principal as concepções que embasaram as políticas voltadas para a educação dos trabalhadores e a saúde da população. Considera os conceitos de Estado e sociedade civil e as dinâmicas entre eles, bem como as tendências globais da economia e da divisão internacional do trabalho e do conhecimento. Entende que a compreensão dos movimentos reivindicatórios e a formação de grupos de interesses impõem a análise do processo político global e, portanto, do Estado e das formas de organização do poder decisório na sociedade, em comparação com formas institucionalizadas de representação de interesses: sindicatos e partidos políticos. São consideradas, ainda, as disputas em torno dos projetos nacionais de educação e saúde, orientadas por interesses de classe e mediadas pelas características do desenvolvimento da economia capitalista em nosso país, conformando culturas e sociabilidades cujas normas e valores estão presentes na organização dos sistemas e no cotidiano das instituições de ensino e saúde.